Movilizaciones
Cientos de miles de jóvenes portugueses han salido este sábado a la calle de las principales ciudades portuguesas para protestar contra la política gubernamental, por el paro y el descenso de las condiciones de vida. En Lisboa han sido unas 200.000 personas las que se han manifestado bajo la consigna de la Generación de la Precariedad (Geraçao À Rasca), el grupo convocante a través de internet.
"El anuncio de más medidas de austeridad ayer es una completa desvergüenza. Esta manifestación es el comienzo de una serie de protestas", ha declarado Joana Manuel, profesora universitaria subcontratada de 34 años que perderá su trabajo a finales de año.
El viernes el Gobierno luso anunció nuevas medidas de ajuste fiscal que representan el 0,8% del PIB en 2011, el 2,5% en 2012 y el 1,2%, según Bruselas. Ello será suficiente para alcanzar los objetivos de déficit del 4,6% del PIB en 2011, 3% en 2012 y 2% en 2013.
"La crisis es su excusa", se podía leer en una de las pancartas de los manifestantes. Otro cartel sostenía que "no es país para jóvenes" mientras los manifestantes coreaban consignas como "¡políticos gordos, gente delgada!" mientras recorrían la avenida de la Libertad para terminar en la Plaza Pública, junto al Tajo.
"Este es un movimiento espontáneo contra la precariedad. Es un día muy importante porque todo el país se moviliza", ha declarado otra de las participantes, Eva Santos, estudiantes de 28 años.
El grupo convocante, Generación Precaria, asegura que no tiene relación con ningún partido político. "Protestamos para que los responsables de nuestra precariedad --políticos, empresarios y nosotros mismos-- actúen juntos para conseguir cambiar rápidamente esta realidad que se ha convertido en insostenible", reza el manifiesto de Generación Precaria, disponible en Manifesto | Protesto da Geração À Rasca.
"Nosotros, parados, quinientoseuristas y otros malpagados, esclavos disfrazados, subcontratados, trabajadores temporales, falsos trabajadores autónomos, trabajadores discontinuos, becarios, trabajadores-estudiantes, madres, padres e hijos de Portugal", comienza el manifiesto.
"Estamos aquí hoy porque no podemos seguir aceptando esta situación precaria a la que nos hemos visto arrastrados. Estamos aquí hoy porque nos esforzamos a diario para merecer un futuro digno, con estabilidad y seguridad", prosigue.
La protesta también ha tenido eco en otras ciudades, como Oporto, donde se habrían manifestado 80.000 personas, según los manifestantes. La Policía estima que solo fueron 100.000 en Lisboa y 60.000 en Oporto.
Manifiesto de la convocatoria:
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.
Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.
Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.
Caso contrário:
a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.
b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.
Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.
Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.
"El anuncio de más medidas de austeridad ayer es una completa desvergüenza. Esta manifestación es el comienzo de una serie de protestas", ha declarado Joana Manuel, profesora universitaria subcontratada de 34 años que perderá su trabajo a finales de año.
El viernes el Gobierno luso anunció nuevas medidas de ajuste fiscal que representan el 0,8% del PIB en 2011, el 2,5% en 2012 y el 1,2%, según Bruselas. Ello será suficiente para alcanzar los objetivos de déficit del 4,6% del PIB en 2011, 3% en 2012 y 2% en 2013.
"La crisis es su excusa", se podía leer en una de las pancartas de los manifestantes. Otro cartel sostenía que "no es país para jóvenes" mientras los manifestantes coreaban consignas como "¡políticos gordos, gente delgada!" mientras recorrían la avenida de la Libertad para terminar en la Plaza Pública, junto al Tajo.
"Este es un movimiento espontáneo contra la precariedad. Es un día muy importante porque todo el país se moviliza", ha declarado otra de las participantes, Eva Santos, estudiantes de 28 años.
El grupo convocante, Generación Precaria, asegura que no tiene relación con ningún partido político. "Protestamos para que los responsables de nuestra precariedad --políticos, empresarios y nosotros mismos-- actúen juntos para conseguir cambiar rápidamente esta realidad que se ha convertido en insostenible", reza el manifiesto de Generación Precaria, disponible en Manifesto | Protesto da Geração À Rasca.
"Nosotros, parados, quinientoseuristas y otros malpagados, esclavos disfrazados, subcontratados, trabajadores temporales, falsos trabajadores autónomos, trabajadores discontinuos, becarios, trabajadores-estudiantes, madres, padres e hijos de Portugal", comienza el manifiesto.
"Estamos aquí hoy porque no podemos seguir aceptando esta situación precaria a la que nos hemos visto arrastrados. Estamos aquí hoy porque nos esforzamos a diario para merecer un futuro digno, con estabilidad y seguridad", prosigue.
La protesta también ha tenido eco en otras ciudades, como Oporto, donde se habrían manifestado 80.000 personas, según los manifestantes. La Policía estima que solo fueron 100.000 en Lisboa y 60.000 en Oporto.
Manifiesto de la convocatoria:
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.
Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.
Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.
Caso contrário:
a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.
b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.
Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.
Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.